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Quer aprender Inteligência Competitiva?

Conversando com um amigo, acatei a sugestão de escrever um artigo que ajudasse a esclarecer o que é Inteligência Competitiva (IC).


Para entendermos o que é IC, vamos imaginar um corpo humano. Agora iremos dividir esse corpo na altura da cintura. A parte superior corresponderá à IC e a parte inferior, representando o sustentáculo da IC, serão a Inteligência Clássica ou de Estado e as ferramentas e métodos mercadológicos. Estes servirão para embasar os conhecimentos produzidos, utilizando a metodologia científica da Inteligência, a qual ainda é muito eficiente e utilizada pelas principais agências do mundo.


A metodologia, para ser bem aplicada e realmente produzir um conhecimento de Inteligência que atenda às necessidades da alta direção de uma empresa, deve estar orientada por fundamentos essenciais da Inteligência Clássica. Isso é diferente de Business Intelligence, termo criado para designar um conjunto de hardwares e softwares que extraem dados de um banco de dados, integram-os e produzem uma informação que não foi submetida a nenhum processo de análise e interpretação, função exclusiva de um ser humano.


Não se pode falar em Inteligência sem saber realmente o que significa fonte, dado, informação e conhecimento, como são coletados, quais as suas diferenças, como, quando e para quem são produzidos e como devem ser apresentados. Também é fundamental saber estruturar a área de Inteligência, ou seja, qual o efetivo, como será a sua composição, se vai ser independente ou fazer parte de uma estrutura já em funcionamento. O importante é que todos os componentes tenham os mesmos ensinamentos técnicos a respeito do assunto, a fim de que possam falar a mesma língua e adquir as mesmas características que compõem um profissional de Inteligência. O que tenho observado é a tendência crescente de criar termos e procedimentos que se distanciam dos verdadeiros fundamentos da Inteligência, já consagrados ao longo do tempo.


Nessa fase, considerando que a empresa já entende e reconhece a importância de uma área de IC, torna-se imprescindível levantar as necessidades de conhecimentos de Inteligência dos usuários, presidente, vice, diretores, gerentes, bem como a estruturação de um fluxo contínuo de dados. Aqui destaco a técnica de entrevista e as ferramentas disponibilizadas pela Internet.


Quanto à parte que chamo de mercadológica, existem diversas técnicas e métodos que orientam o trabalho do analista de Inteligência, constituindo ferramentas fundamentais para as evidências que ampararão as suas conclusões, proporcionando à área maior credibilidade junto aos seus usuários. Nesse contexto, dependendo do nível e dos objetivos estratégicos da empresa, pode-se usar obrainstorming, o benchmarking, a técnica de cenários, a análise da indústria e dos concorrentes, a análise de ambientes e a SWOT, o VRIO, as hipóteses alternativas, o BCG, entre outros. O importante é saber os pontos fortes e fracos da empresa, conhecer os concorrentes, o ambiente em que atua e formular estratégias baseadas em vantagens competitivas. Na verdade, IC pode ser definida como uma técnica para resolver problemas e esclarecer fatos e situações. Bem, uma coisa é fundamental, para que tudo isso funcione é preciso contar com o apoio da presidência da empresa.


Assim, a IC ajuda a solucionar a preocupação da alta direção das empresas em definir os objetivos estratégicos e as estratégias competitivas, implementar novas ideias, motivar os quadros e fidelizar os clientes.


Em um mercado cada vez mais competitivo, com clientes esclarecidos e exigentes, jogar na retranca ou não inovar não é mais uma opção inteligente. É preciso saber se adaptar à conjuntura e adquirir espírito, ou melhor, mentalidade competitiva. Aqui, o princípio a ser entendido é o que disse um técnico de basquete: "Os fortes vencem os fracos, mas os inteligentes vencem os fortes".


Alguns líderes tendem a buscar uma comparação com grandes nomes do empresariado nacional e internacional e optam por imitar as suas estratégias, as quais muitas vezes não se adaptam ao ambiente organizacional de suas empresas. É preciso buscar a estratégia certa para a sua empresa e a IC contribuirá para isso.


Tem-se falado muito na palavra inovação em textos e até se ouve alguma coisa a respeito nas empresas. Antes de tudo, entretanto, é preciso que a diretoria responda se realmente está dando liberdade às pessoas para inovar. Mas isso só será importante se as ideias inovadoras transformarem a estratégia da empresa em algo diferenciado, duradouro, impactante e oportunista.


Para se obter uma mentalidade competitiva, até a linguagem utilizada influi no desempenho da empresa, podendo ou não criar um diferencial competitivo. Dessa forma, IC, além de tudo que já falei, é buscar com responsabilidade fazer um trabalho original, criativo e, algumas vezes, ousado.

 
 
 

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